segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Paulo Casaca: Na voz de ... Frederico Cardigos, Director Regional do Ambiente

O Prof. Dr. Paulo Casaca é um homem trabalhador, dinâmico, corajoso, competente e honesto. Felizmente, não tenho grandes dúvidas em dizer o mesmo de grande parte dos meus amigos. No entanto, no caso do Paulo Casaca isso pode ser materialmente comprovado. As primeiras interacções que tive com o então eurodeputado Paulo Casaca ocorreram na Horta, durante uma série de reuniões que ele vinha organizando para compreender o sector da pesca, para o auscultar em relação às suas ambições e receios. O tema era quente (ainda é) e relacionava-se com a gestão das águas externas da ZEE dos Açores. Fiquei agradavelmente surpreendido por ele dominar tão bem as matérias e por sugerir de imediato algumas linhas de acção que, poucos dias depois, estavam a ser postas em prática. Logo aí, surpreendeu-me. Portanto, não fiquei admirado com os relatórios que colocavam o eurodeputado socialista entre os mais activos do Parlamento Europeu. Aliás, numa atitude de modéstia, durante a apresentação do seu último livro, Paulo Casaca desvalorizou os dados dizendo que "as estatísticas valem o que valem". Realmente, tem alguma razão, mas eu tenho a certeza, pelo que vi, que ele estava entre os melhores. Quando era difícil estar no médio-oriente, no meio do teatro de guerra sabem quem é que lá estava? Aí até eu fiquei profundamente perplexo, o Paulo Casaca! Num assomo de coragem, resolveu ir ver com os próprios olhos o que se passava e, através das suas denúncias e acções, pudemos ter uma visão mais clara de quão inútil e injusta era aquela guerra. O povo do Iraque não merecia nada daquilo. Já agora, porque a memória por vezes é curta, lembram-se que partido associou Portugal à guerra e os Açores à decisão de a iniciar? Pois é... Evidentemente, da candidata da situação, pertencente ao partido que ajudou a iniciar a guerra no Iraque, também haveria coisas positivas a dizer. Não tenho dúvidas. No entanto, a sua candidatura peca por um motivo que para mim é fundamental. As ambições da candidata são outras e a curto prazo, excedendo o Concelho de Ponta Delgada. Honestamente, quem quer uma Presidente de Câmara que esteja concentrada noutras corridas? Noutros voos? Para a maior cidade dos Açores, motor económico de todo o Arquipélago, sede do Governo Regional, eu quero o que mais se ajusta e quem melhor se ajusta é, de facto, o Prof. Dr. Paulo Casaca. Mas mesmo que a Dra. Berta Cabral se dedicasse 100% a Ponta Delgada no futuro próximo, eu continuava a preferir a candidatura do Prof. Dr. Paulo Casaca. É que Ponta Delgada está a precisar de mudar, está a precisar de uma nova energia. E ele tem para dar! Sendo generosamente arrogante (adoro esta expressão de aparente contradição), sugiro algumas medidas na área que me é mais cara, o Ambiente: 1. A recolha selectiva de resíduos porta-a-porta tem dado interessantes resultados no arquipélago, nomeadamente na Ilha Terceira que, graças aos esforços das autarquias, já é a área de Portugal que mais resíduos recolhe de forma selectiva. Na ilha de São Miguel, no Concelho do Nordeste decorre esta prática de gestão de resíduos já com grande sucesso. E em Ponta Delgada? 2. Sendo a maior urbe dos Açores, penso que a edilidade poderia criar um ecocentro para particulares e que incluísse todas as valências. 3. A edilidade também poderia incluir majorações para os concorrentes a obras camarárias que tivessem claros benefícios ambientais. O Governo dos Açores já faz isso nos sistemas de apoio e a Câmara poderia seguir o bom exemplo. 4. Um dos maiores valores que os Açores têm é a sua flora natural (incluindo a endémica). Penso que deveria ser estimulada a utilização desta flora que nos é tão particular nos jardins municipais. Obviamente, não estou a sugerir que se banam as restantes espécies, até porque a diversidade tem uma beleza especial, mas sugiro que haja sempre um espaço dedicado às nossas espécies. 5. O município de Ponta Delgada já iniciou um procedimento para candidatura à Agenda XXI, o que é bom. No entanto, vejo que a população está longe de aderir a este desígnio. É necessário trazer os cidadãos para dentro da Câmara criando Conselhos de Cidadãos, de Anciãos, de Cultura, de Desporto e de outras temáticas que se considerem importantes. Os cidadãos têm de participar, mas tem de haver oportunidade de verdadeira envolvência e consequente participação. Evidentemente, o candidato Paulo Casaca, quando assumir as funções de Presidente da Câmara Municipal, quando for confrontado com a verdadeira realidade financeira e o potencial humano, pode traçar outros vôos e objectivos ainda mais interessantes e imaginativos. Conhecendo o Paulo Casaca há já alguns anos, tenho a certeza que assim será. Aliás, em abono da verdade, tenho a certeza que irei ficar agradavelmente surpreendido com as iniciativas que ele e a sua equipa tomarão! Vai ser uma enorme lufada de ar fresco e libertador que correrá as ruas de Ponta Delgada, e elas estão a precisar.

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